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Nesse texto você vai entender tudo sobre o louva-a-deus. Esse inseto inspirou a criação de um estilo de Kung Fu, que imita sua forma de lutar.
Aprenda a biologia desse incrível animal!
Taxonomia
Todos os seres vivos são agrupados em classificações específicas para facilitar o seu estudo. Esses grupos são conhecidos como táxons e eles são divididos, de maneira decrescente de hierarquia, em:
- Reino – são os táxons mais abrangentes, englobando 5 principais, que são o Plantae com as plantas, Funghi, que engloba a maioria dos fungos, Animalia com os animais, o Monera com os organismos procariontes, como as bactérias, e o Protista com os organismos unicelulares eucariontes;
- Filo – são classificações abrangentes dentro dos reinos, como por exemplo, o dos Artrópodes, dentro de Animalia, que englobam, basicamente, animais com esqueleto externo e apêndices articulados;
- Classe – é um pouco mais específica e possui uma grande variedade. Ela se encontra dentro do filo e temos, por exemplo, a classe Insecta, que diz respeito dos insetos que compõem uma parcela do filo dos Artrópodes;
- Ordem – é uma classificação sobre os “tipos” de animais contidos dentro dos insetos, por exemplo, como no caso temos a ordem Mantodea, que diz respeito a parcela de louva-a-deus dentro da grande classe dos insetos;
- Família – é bem mais específica, onde geralmente agrupam em diversas famílias os variados tipos de animais de um mesmo tipo, como os vários tipos de louva-a-deus que se encontram em famílias diferentes;
- Gênero – é extremamente específico e ele liga seres extremamente próximos, com um ancestral em comum muito recente;
- Espécie – é o nome que se dá para animais que são tão próximos que conseguem reproduzir entre si e gerar um descendente fértil, ou seja, são animais de um DNA extremamente próximo, com pouquíssima variabilidade genética. É o menor e mais específico táxon.
Como é classificado o louva-a-deus no reino animal
Louva-a-deus é o nome popular que se dá para cerca de 2.300 espécies desse inseto, que se encontram na ordem “Mantodea”. Nessa ordem há muitas famílias classificadas, sendo a Mantidae a maior e mais popular.
Um exemplo de taxonomia para um louva-a-deus é a de uma espécie conhecida como Louva-a-deus Chinês, identificado como Tenodera sinensis.
- Reino: Animalia
- Filo: Arthropoda
- Classe: Insecta
- Ordem: Mantodea
- Família: Mantidae
- Gênero: Tenodera
- Espécie: Tenodera sinensis
Essas classificações são feitas de acordo com similaridades genéticas, anatômicas e comportamentais desses seres vivos.
Morfologia e Fisiologia – Como é o corpo de um louva-a-deus
A morfologia e fisiologia são nomes do estudo da forma física e dos mecanismos corporais dos seres vivos. Nessa sessão você vai entender um pouco sobre cada parte do louva-a-deus!
Cabeça
O louva-a-deus possui antenas finas e uma cabeça pequena e triangular. Ela apresenta uma surpreendente articulação, que possibilita que este animal consiga se virar para muitas direções. Algumas espécies conseguem girar sua cabeça 180°.
Corpo
O corpo destes animais é baciliforme, ou seja, em formato de bastão, sendo fino e alongado, o que faz com que estes animais sejam comumente confundidos com bichos-pau. São insetos que possuem representantes de grande porte, alguns chegando a quase 20 centímetros de comprimento.
Olhos
Estes animais possuem olhos bem grandes, separados e compostos. Graças a isso, o louva-a-deus possui uma visão maior e mais ampla. Contudo, ele possui uma espécie de mancha nos olhos, que simula uma pupila, servindo para confundir outros indivíduos fazendo com que pensem que o animal está olhando para a direção da mancha.
A visão do louva-a-deus é estereoscópica, ou seja, ele consegue enxergar em três dimensões, o que garante que este animal identifique sua presa facilmente com o olhar, essa visão é mais eficiente a curta-distância. Ele também tem uma visão binocular, que possibilita uma visão de longo alcance.
Asas
Este animal apresenta dois pares de asas, sendo as duas anteriores protetoras, conhecidas como pergamináceas (são mais resistentes e opacas), e as posteriores utilizadas para o voo, conhecidas como membranosas (são quase transparentes e muito frágeis), sendo elas largas e com muitas nervuras.
O louva-a-deus consegue realizar uma espécie de mergulho durante o voo, sendo esta uma estratégia antipredação, uma manobra de fuga contra outros animais. Este comportamento é frequentemente visto quando este inseto está sendo atacado por morcegos insetívoros durante voos noturnos. Nessas ocasiões o mamífero é identificado pelo louva-a-deus graças à sua capacidade de identificar o som da ecolocalização dos quirópteros.
“Patas” – as famosas “pinças” do louva-a-deus
O nome “louva-a-deus” se deve as patas anteriores do animal, que são mantidas junto ao corpo, como se o mesmo estivesse rezando. Entretanto, essas patas são musculosas, denteadas e rápidas, sendo elas, patas modificadas para agarrar presas com grande agilidade, perfurando-as.
Os outros dois pares de patas são alongados e utilizados para caminhar, possuindo, ao todo, três pares de patas.
Diferença entre machos e fêmeas
Os machos da espécie são, geralmente, menores e mais leves que as fêmeas, e apresentam uma genitália assimétrica.
Distribuição geográfica
O louva-a-deus é um inseto que vive em áreas irregulares e com cobertura vegetal, sejam arbustos, gramíneas ou flores, potencializando sua camuflagem contra predadores e para a captura de presas.
Eles são encontrados em todos os continentes, exceto Antártida, possuindo maior distribuição na África e sul da Ásia.
Comportamentos Alimentares
O louva-a-deus é um excelente predador, que consegue comer mariposas, gafanhotos, moscas e até pequenos vertebrados, como mamíferos, aves e lagartos, sendo muito utilizados no combate de pragas agrícolas.
Estratégia de caça
Estes animais utilizam de uma estratégia conhecida como “Senta e Espera”, que significa, basicamente, ficar parado aguardando as suas presas. Ele possui movimentos graciosos e lentos, entretanto, seu ataque é muito veloz e agressivo.
Eles ficam camuflados como folhas, gravetos e flores. Ao detectar a aproximação de uma presa desavisada, utilizando sua visão aguçada e cabeça com grande amplitude de movimentos, ele ataca com suas patas anteriores e raptoriais. A investida é feroz, rápida e perfurante. Suas patas seguram a presa impedindo que ela escape enquanto é devorada pelo louva-a-deus.
Portanto, dificilmente um louva-a-deus será visto realizando busca ativa de presas (embora algumas espécies o façam).
Camuflagem
Essa estratégia de ataque é favorecida pela sua capacidade de se camuflar, que dificulta a detecção do louva-a-deus pelas presas. Esses animais conseguem ficar “invisíveis” pela sua morfologia. Seu corpo é muito parecido com o ambiente ao qual ele está inserido, podendo possuir coloração verde (similar a folhas), marrom (similar a gravetos), rosa ou branco (similares a flores), entre outras.
Dessa maneira, esse animal é um predador altamente adaptado e eficiente.
Comportamentos Reprodutivos
O louva-a-deus é um animal diurno, entretanto, realiza voos noturnos em duas ocasiões, sendo a primeira, pela atração por luzes artificiais (lâmpadas e outros aparelhos humanos), e a segunda, para buscar parceiras reprodutivas.
A fêmea do louva-a-deus se locomove pouco, portanto, os machos precisam localizá-las através dos feromônios liberados por elas. O período noturno se torna mais propício pela menor atividade de predadores, como aves e primatas. No entanto morcegos, sapos e corujas, que também são predadores desses animais, estão mais ativos no período noturno.
Os machos da espécie realizam com frequência uma corte bem elaborada para a fêmea, que então são selecionados para a cópula. As fêmeas, verdadeiras “viúvas-negras”, são maiores e mais fortes que o macho, e podem acabar devorando o parceiro após o coito, e muitas teorias cercam este fato, sendo uma delas, a de garantir maiores nutrientes para a fêmea e, consequentemente, para a prole.
O ovopositor da fêmea é predominantemente interno, e os ovos são postos em uma ooteca (um tipo de proteção para os ovos) produzida a partir de secreções espumosas que endurecem ao contato com o ar, sendo então, vigiados pela fêmea.
As ninfas são semelhantes aos adultos, exceto pela falta de asas e genitália.
Louva-a-Deus e o Kung Fu
O método de luta do louva-a-deus é muito agressivo e rápido, o que faz com que este pequeno inseto seja mortal para muitos animais, inclusive, os maiores e mais pesados que ele. Até mesmo pequenas aves e répteis não encontram chances frente à suas garras rápidas e fortes.
Essa habilidade do louva-a-deus em lutar de forma extremamente eficiente contra outros animais, inspiraram a criação de um estilo de Kung Fu, uma arte marcial.
Kung Fu é o nome dado para diversas artes marciais chinesas, sendo essas artes nomeadas de diversas formas, como a família que o criou, o princípio que o fundamenta ou o animal que inspirou suas técnicas, como é o caso do estilo louva-a-deus.
A criação do estilo Louva-a-deus
Não se sabe ao certo a história verdadeira da origem desta arte marcial, que possui mais de 400 anos, mas a mais provável é a do monge Wang Lang o tenha criado. O monge capturou um louva-a-deus e, a partir de observações comportamentais do pequeno animal em combate, conseguiu traduzir e adaptar os movimentos realizados pelo inseto na sua estratégia de caça.
Os princípios do Kung Fu louva-a-deus
Assim como o louva-a-deus enfrenta as presas ou predadores com movimentos rápidos e agressivos com suas patas raptoriais, os praticantes deste estilo de Kung Fu visam de aproximar do oponente, segurá-lo e destruí-lo. Algo similar ao que o inseto faz, entretanto sem chegar ao ponto de devorar seu adversário.
Essa estratégia é organizada em doze palavras-chave, que explicam ao praticante como adaptar as movimentações do inseto ao combate corpo a corpo.
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